domingo, 28 de março de 2010

História da Dança I - Exemplos de Danças Primitivas

Danças de Fecundidade: Ligadas à agricultura, com imitações de raios, ventos, relâmpago, estiveram inicialmente relacionadas às mulheres. Só se desenvolveram na agricultura quando o homem assumiu o trabalho no campo. Alguns outros exemplos dessas danças são as danças de brincadeiras, danças de beijos, danças fálicas, danças matrimoniais, danças de nudez, danças de sapato sobre plataformas de madeira, danças de iniciação.

Também xamânicas, são executadas pelo feiticeiro para atrair forças da natureza para o cultivo da terra.
A maypole, apresentada como Dança do Pau de Fita no ballet La Fille Mal Gardée, é uma dança de fertilidade, em que o mastro é, na verdade, um síbolo fálico e pagão. As danças de fertilidade evidenciam um alto grau de erotismo.


Foto: maypole



Danças Fúnebres: Nas culturas extrovertidas, podem significar uma trama da vida diante do poder e da morte. A máscara é um acessório importante dessas danças porque imita o aspecto e os movimentos de alguém que tenha morrido, imaginando ser esse o primeiro passo para se apossar do espírito dessa pessoa. Curiosamente, a dança fúnebre apresenta um aspecto alegre, quando nas cerimônias de casamento é associada à ressurreição. A Bela Adormecida, ao receber um beijo e ressucitar para a vida transforma a mórbida cerimônia fúnebre numa animada celebração. O mito da morte e do despertar da natureza é tema também das danças de ressurreição; o motivo que as move é defender-se da morte atavés da dança.


São, em geral, executadas em círculos, tendo ao centro a figura do xamã, um animal, uma mesa com alimentos ou outros símbolos. Seja no sentido de proteger os mortos ou vivos contra espíritos hostis, ou tentando constituir-se numa dança que posibilite à alma do morto um encontro com os antepassados, as danças fúnebres têm o propósito de criar um vínculo entre o mundo real e o mundo espiritual.



Foto: Kuarup (celebração funerária dos índios xinguanos)



Danças Guerreiras: Em geral executadas pelas mulheres, que por não irem à guerra, aos combates, dançavam para se transportarem teluricamente para ajudar os homens.




Foto: índias da tribo Xingu

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