quarta-feira, 18 de maio de 2011

Repertório Teórico II - Marie Rambert

Marie Rambert






Foi a primeira a apresentar nos palcos ingleses bailarinos com seus nomes próprios, contrariando a moda de russificar os nomes.




Rambert fundou o Ballet Club numa velha casa paroquial, transformada por seu marido em um elegante teatro. Essa foi a primeira residência do ballet na Inglaterra. Apesar do Ballet Club não ser grande, de lá saíram grandes artistas como Frederick Ashton, Harold Turner, Alicia Markova e Margot Fonteyn.




Marie Rambert não apenas descobriu jovens talentos do ballet inglês, mas também os guiou pelos caminhos da técnica e da força de vontade. Sua extraordinária habilidade e suas faculdades criadoras ultrapassaram o ensino específico, demonstrando que uma escola de dança não deve ser apenas um campo de preparação física, mas um centro cultural completo.


O Ballet Rambert, hoje Rambert Dance Company, é o mais antigo grupo de ballet das ilhas birtãnicas.




Repertório Teórico II - Ninette de Valois

Ninette de Valois



Foi a principal pioneira da dança e da coregorafia na Inglaterra, porém apesar de ser uma bailarina admirável, dona de técnica e talento criador, Ninette não conquistou posição de destaque no mesmo plano de Markova ou Fonteyn.


Juntou-se à companhia de Diaghilev em 1924 como solista, tendo como seu melhor trabalho a Dança dos Dedos, variação de Bodas de Aurora. Enquanto esteve na companhia estudou os métodos de ensino e produção. Dois anos depois deixou o grupo de Diaghilev e fundou sua própria escola, a Academia de Arte Coreográfica.

Seu primeiro trabalho coreográfico foi Rout. Depois criou Job e La Creation du Monde, para a Camargo Society.

Deve-se a Ninette de Valois a existência do bailado inglês. Fundadora e diretora popr muitos anos do Royal Ballet, revelou Margot Fonteyn e uma enorme quantidade de bailarinos talentosos.




terça-feira, 13 de abril de 2010

Terminologia - Attitude

Attitude - Significa "atitude". É uma posição em que, partindo do coupé, a perna é levantada com o joelho flexionado, a qualquer altura à frente, ao lado ou atrás. Pode ser: Devant croisé, devant effacé, derrière croisé, derrière effacé ou de côte (à la seconde).


Nos attitudes devant, seja croisé ou effacé, o calcanhar deve estar para cima, a perna bem en dehors.


Nos attitudes derrière, seja croisé ou effacé, o joelho não pode estar caído e se possível a o pé deve ficar acima da linha do quadril. Nos atittudes derrière o pé deve estar cruzado atrás das costas, de forma a ficar na direção do ombro oposto.


No attitude de côte (que quase nunca é utilizado,a não ser em obras neooclássicas, modernas ou contemporâneas, mas que pode ser feito em aula como uma preparação para o developpé) a perna deve estar bem en dehors, o joelho para cima.






ATTITUDE CROISÉ DEVANT





ATTITUDE EFFACÉ DEVANT





ATTITUDE CROISÉ DERRIÈRE




ATTITUDE EFFACÉ DERRIÈRE



ATTITUDE DE CÔTE

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Terminologia - Arabesques

Arabesque - Significa "ornamento". É uma pose em que uma perna sustenta o peso do corpo enquanto a outra perna é levantada atrás. Deve-se cuidar para não abrir a bacia.

ARABESQUE CORRETO







ARABESQUE INCORRETO







Na escola russa - método de Vaganova - existem 4 tipos de arabesques, que são determinados pela posição do corpo em relação ao palco e pela diferença de braços.




Primeiro Arabesque



Segundo Arabesque






Terceiro Arabesque




Quarto Arabesque







Arabesque Penchée - Arabesque inclinado. Pode ser feito em qualquer arabesque. É importante dizer que quem faz o penchée é a perna, ou seja , as costas só começam a ceder quando a perna não consegue mais subir sozinha. Não são as costas que descem para a perna subir. O peso deve estar nos dedos.




Terminologia - Posições do Corpo

CABEÇA

são cinco posições básicas de cabeça: reta (olhando para frente), para trás (olhando para cima), para baixo, inclinada e virada (olhando para o lado).

Temos ainda as variações virada-inclinada para baixo e virada-inclinada para trás.



AS DIREÇÕES

Considerando-se o centro de um quadrado imaginário, irradiam-se oito linhas que indicam a posição do corpo perante o palco. Sendo o ponto 1 a frente do palco.





O CORPO NA BARRA

A postura do corpo na barra é a base da estabilidade do bailarino. A coluna deve estar ereta, os ombros abertos, escápulas encaixadas, abdômen contraído e para dentro, costelas fechadas, quadril retrovertido (encaixado) e quadrícpes puxado para cima (joelho esticado). O peso deve estar bem distribuído nos pés, sem cair para frente ou para trás. Quando estiver com o calcanhar fora do chão, o bailarino deve sustentar o peso no metatarso, sem deixar que o pé vire, ou seja, caia para o quinto dedo ou para o primeiro dedo.



DIREÇÕES DO CORPO


1. En face - De frente



2. Croisé - Cruzado. Sua característica fundamental é o cruzamento das pernas, no cgão ou no ar, na frente ou atrás.

3. Effacé - Significa "apagado", é uma posição aberta, que contrasta com o croisé.


4. Ecarté - Separado. É quando a perna passa da linha média.



DIREÇÕES DAS PERNAS


1. Devant - à frente


2. Derrière - atrás

3. À la seconde - ao lado ("na segunda posição")



AS POSIÇÕES DO CORPO E DAS PERNAS


En face devant - corpo de frente e perna esticada à frente.




En face derrière - corpo de frente e perna esticada atrás





Croisé devant - cruzado na frente



Croisé derrière - cruzado atrás





Effacé devant - "apagado", aberto na frente




Effacé derrière - "apagado", aberto atrás

Ecarté devant - separado na frente


Ecarté derrière - separado atrás





À la seconde - na segunda posição, ao lado.






domingo, 28 de março de 2010

História da Dança I - Exemplos de Danças Primitivas

Danças de Fecundidade: Ligadas à agricultura, com imitações de raios, ventos, relâmpago, estiveram inicialmente relacionadas às mulheres. Só se desenvolveram na agricultura quando o homem assumiu o trabalho no campo. Alguns outros exemplos dessas danças são as danças de brincadeiras, danças de beijos, danças fálicas, danças matrimoniais, danças de nudez, danças de sapato sobre plataformas de madeira, danças de iniciação.

Também xamânicas, são executadas pelo feiticeiro para atrair forças da natureza para o cultivo da terra.
A maypole, apresentada como Dança do Pau de Fita no ballet La Fille Mal Gardée, é uma dança de fertilidade, em que o mastro é, na verdade, um síbolo fálico e pagão. As danças de fertilidade evidenciam um alto grau de erotismo.


Foto: maypole



Danças Fúnebres: Nas culturas extrovertidas, podem significar uma trama da vida diante do poder e da morte. A máscara é um acessório importante dessas danças porque imita o aspecto e os movimentos de alguém que tenha morrido, imaginando ser esse o primeiro passo para se apossar do espírito dessa pessoa. Curiosamente, a dança fúnebre apresenta um aspecto alegre, quando nas cerimônias de casamento é associada à ressurreição. A Bela Adormecida, ao receber um beijo e ressucitar para a vida transforma a mórbida cerimônia fúnebre numa animada celebração. O mito da morte e do despertar da natureza é tema também das danças de ressurreição; o motivo que as move é defender-se da morte atavés da dança.


São, em geral, executadas em círculos, tendo ao centro a figura do xamã, um animal, uma mesa com alimentos ou outros símbolos. Seja no sentido de proteger os mortos ou vivos contra espíritos hostis, ou tentando constituir-se numa dança que posibilite à alma do morto um encontro com os antepassados, as danças fúnebres têm o propósito de criar um vínculo entre o mundo real e o mundo espiritual.



Foto: Kuarup (celebração funerária dos índios xinguanos)



Danças Guerreiras: Em geral executadas pelas mulheres, que por não irem à guerra, aos combates, dançavam para se transportarem teluricamente para ajudar os homens.




Foto: índias da tribo Xingu

História da Dança I - Divisão Cronológica

Podemos dividir as primeiras manifestação de dança, em dados gerais, em seis períodos.

1. Período Paleolítico Inferior - 1.000.000 a.C.

Primitiva cultura básica- dança circular sem contato.

2. Período Paleolítico Médio - de 300.000 a.C. a 75.000 a.C

Cultura básica média: Pigmeus (dança circular sem contato e danças animais) e Pigmóides (danças circulares sem contato e danças convulsivas).

3. Período Paleolítico Superior - de 75.000 a 15.000 a.C.

Últimas culturas básicas: Tasmanóides e Australóides (danças circulares sem contato e danças animais, danças serpentinas e dança sexo-lunares).

4. Período Mesolítico - de 15.000 a 10.000 a.C.

Primitivas culturas de tribo: Totemistas (danças de máscaras, danças animais, danças circulares com contato e danças fálicas) e primitivos agricultores (danças de máscaras, danças circulares, corais, danças lunares e danças fúnebres).

5. Período Protoneolítico - de 10.000 a 3.000 a.C.

Culturas de tribo médias: cultura do animal de cornos (chifres) (danças circulares, danças animais e danças de par) e última cultura agrícola (dança de vários círculos, homens e mulheres dançando em linhas opostas).

6. Período Neolítico - até 1.000 a.C

Idade do Metal: senhorial e últimas culturas de tribo (danças mistas de pares, dança de abraço, dança do galanteio e dança do ventre).