terça-feira, 2 de março de 2010

Repertório Teórico II - Isadora Duncan

Isadora Duncan



Isadora Duncan é considerada a precursora da dança moderna. Foi a primeira a se libertar das sapatilhas e dos tutus. Dançava descalça e envolta em roupas de gaze. Seus movimentos eram livres e tinham como fonte de inspiração elementos da natureza e temáticas gregas.
Apesar de ter aprendido a dança acadêmica, a recusou e decidiu criar sua própria dança, tornando-se professora aos 14 anos. “A técnica lhe parece sem interesse: fazer gestos naturais, andar, correr, saltar, mover seus braços naturalmente belos, reencontrar o ritmo dos movimentos inatos do homem, perdidos há anos, ‘escutar as pulsações da terra’, obedecer à ‘‘lei de gravitação’, feita de atrações e repulsas, de atrações e resistências”, consequentemente, encontrar uma ‘ligação’ lógica, onde o movimento não para, mas se transforma em outro, respirar naturalmente, eis o seu método”. (BORCIER, Paul 2001, p. 248).

Sua dança é provida de grande lirismo, marcada pelo neo-helenismo do século XIX. Para Isadora, a dança é resultado de um movimento interno. Afirmava sobre a sua dança: “Eu não a inventei; ela existia antes de mim mas estava adormecida; eu apenas a revelei”. (DUNCAN apud CAMINADA, 1999, p. 162).
Em 1921, se apresentou na Rússia – onde chegaria a fundar uma escola. Causou grande impressão em Diaghilev, influenciou de forma imensurável a concepção ocidental de dança, a qual, praticamente sem exceção, passaria pelo filtro artístico em que se constituíram os Ballets Russos de Diaghilev. Isadora morreu tragicamente em 1927, quando sua echarpe enroscou-se nas rodas de seu automóvel.
Isadora se foi, mas sua influência no mundo da dança é eterna. Influenciou não só grandes nomes da dança moderna, mas também o ballet clássico, com a companhia de Diaghilev.




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